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A estratégia e a estupidez.

Nada mais próximo, ou pelo menos mais potencialmente próximo, que a estratégia e a estupidez.

Por um lado, é uma estupidez não ter estratégia e, por outro, tê-la também pode ser potencialmente estúpido. É que a probabilidade de estar errada ou de não funcionar, na prática, é muito grande, num contexto tão mutável e corrosivo como o atual. Veja-se o caso do futebol, da politica e de muitas empresas.

É verdade que as pessoas e as organizações com melhores resultados, são, em geral, as que possuem uma estratégia e a executam de forma consistente, adaptativa e focalizada. Mas não será também uma questão de sorte?

Será por todas estas questões que muitas pessoas e organizações não possuem verdadeiramente uma estratégia? Preferindo “navegar à vista” e fazer “zapping” entre diferentes “estratégias” avulsas?

Ter estratégia, significa estabelecer objetivos, de resultados e de vantagens competitivas, ambiciosos, suportados em atuações disciplinadas. Ou seja, pressupõe a realização de ações que nos tornam significativamente diferentes, com o tempo, e melhores que os outros, elevando-nos da multidão.

Ter estratégia, para além da escolha atempada das melhores soluções, é assim um estado de espírito de inquietação e de determinação, que se traduz em elevados níveis de ambição, de competitividade, de inteligência e criatividade, e, de capacidade de realização operacional. Claro que existem diversas metodologias de abordagem que são essenciais, mas não constituem o seu verdadeiro motor.

O verdadeiro motor de uma estratégia está no seu ímpeto transformador e na consistência e adaptabilidade desse ímpeto, apoiada em planos bem elaborados e estudados, tendo em consideração o contexto.

Nos tempos que correm, ter estratégia é fundamental para a obtenção de resultados excecionais.

É, aliás, assim que o ser humano se desenvolveu e chegou aos dias de hoje. O cérebro humano está constantemente a atuar de forma estratégica: recorrendo a informações sobre o passado (memória) e a previsões de futuro (expectativas), prepara e conduz o corpo para as atuações potencialmente necessárias, num espírito constante de adaptação e de aproveitamento de oportunidades, por forma a atingir os seus objetivos ambiciosos de expansão e de afirmação,

Cada objetivo atingido gera novos objetivos, ainda mais ambiciosos. Cada vitória induz a produção de um cocktail de hormonas que nos preparam e impulsionam para novos desafios. A confiança e a determinação evoluem em
consonância. O ser humano é um ser competitivo e adaptativo por natureza.

Poucos terão dúvida que os cocktails de hormonas dos vencedores e conquistadores são bastante mais estimulantes, agradáveis e realizadores que os cocktails dos desorientados, derrotados ou acossados.

A própria tonicidade e vitalidade do organismo humano rege-se pelos mesmos princípios. Daí que a satisfação e o sentido de realização e de afirmação pessoal, são significativamente maiores quando os resultados são reconhecidos como bons ou excecionais.

Qual é o propósito e a estratégia de vida do leitor? Quais são as emoções que o mobilizam e o mantêm ativo e motivado? Conhece bem a estratégia da sua organização e da equipa em que trabalha? Está bem posicionado e é relevante face a essa estratégia?

Carlos Carreira
Gestor de empresas, coacher, formador, investigador
Autor do livro “Para Lá dos Teus Limites”
ccarreira@exodusconsultores.com

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